Vice-artilheiro do Brasileirão 2007, ex-atacante uruguaio lembra ofertas, acidente grave, passado pobre em Montevidéu e empresário colombiano.
‘Quando se tratava de escolher minha carreira, o Acosta estava no centro das decisões. Lembro-me claramente quando meu representante, o Juan Figer, me apresentou seis oportunidades e disse: ‘A escolha é sua, decida onde deseja seguir’. Foi um momento crucial em minha trajetória profissional.
Explorar as opções com Martín Acosta Martinez foi estimulante. A oportunidade de decidir sobre meu futuro esportivo era emocionante e desafiadora. A confiança que Juan Figer depositou em minhas escolhas foi essencial para meu desenvolvimento como atleta. Escolher o caminho certo marcava o início de uma jornada cheia de possibilidades e conquistas.
Ascensão de Martín Acosta Martinez no Futebol Brasileiro
No final da temporada 2007, o talentoso uruguaio Alberto Martín Acosta Martinez estava prestes a conquistar um feito notável em sua carreira. Aos 30 anos, atuando pelo Náutico, ele se destacou como o vice-artilheiro da Série A, com impressionantes 19 gols, sendo reconhecido na seleção do campeonato pela premiação da CBF. Acosta tinha despertado o interesse de grandes clubes brasileiros, incluindo Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro, Santos e Fluminense, tornando-se um dos jogadores mais cobiçados do país naquele momento.
A jornada de Martín Acosta Martinez até alcançar o auge de sua carreira foi marcada por desafios e reviravoltas. Criado em um ambiente tumultuado e perigoso em Montevidéu, conhecido como Tajo la puñalada (corte à facada), o jogador enfrentou dificuldades desde cedo. Abandonado pelo pai, que curiosamente também era jogador, Acosta precisou lidar com uma situação financeira crítica, que o obrigou a deixar o futebol temporariamente para trabalhar como feirante, vendendo frutas e verduras para sobreviver.
Além disso, a vida de Acosta foi ameaçada em um grave acidente de carro, ocorrido pouco antes do término do Brasileirão daquele ano. Esses desafios pessoais moldaram a resiliência e a determinação do jogador, preparando-o para enfrentar os obstáculos que surgiriam em sua carreira.
A decisão de se estabelecer no Brasil veio em 2007, quando o empresário colombiano, entre outras propostas, o convenceu a se juntar ao Náutico. Apesar de inicialmente relutante em deixar seu país natal, a promessa de uma vida tranquila e ensolarada em Recife, com a praia de Boa Viagem como cenário, persuadiu Acosta e sua família a embarcarem nessa nova jornada.
A infância humilde de Martín Acosta Martinez em Montevidéu, marcada pela ausência do pai e pelas dificuldades financeiras enfrentadas por sua mãe, o impulsionou a enxergar no futebol uma oportunidade de mudar sua realidade. Crescido em um dos bairros mais pobres da cidade, Acosta viu no esporte não apenas uma paixão, mas também uma chance de ascensão social e realização pessoal.
Sua trajetória, repleta de superação e determinação, evidencia a força de vontade e o espírito lutador que tornaram Martín Acosta Martinez uma figura inspiradora no cenário esportivo brasileiro.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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